As soluções simples para os problemas complicados...

Acho que passamos tempo demais filosofando sobre nossos porquês, nossas neuras, nossas gorduras, nossas falhas, nossos erros e nossas angustias. Complicamos demais coisas simples e damos comida demais para nossos pequenos grilinhos, que bem alimentados, viram grandes sombras pesadas em nossas costas.
Com nossos filhos nao é diferente. Alias, é pior. Se ele nao come, achamos que esta doente. Se come, vai ficar obeso. Se é quieto, pode estar com algum problema. Se dá piti, pode ser agressivo.
No fim, as coisas são simples, ou pelo menos acho que deveriam ser... Uma crianca pequena dando piti e batendo nos coleguinhas pode estar simplesmente dormindo horas a menos, que se traduzem num cansaço extremo no dia seguinte e sua consequente irritabilidade, mau-humor, impaciência. Era o caso do meu pequeno. Foi só aumentar as horas de sono que o anjinho voltou.
As coisas são muitas vezes simples: fome, sono, cansaço, frio, incômodo, dor de cabeça talvez? Mas tendemos a divagar, a se preocupar, a criar monstros onde residem ratinhos e a se preocupar demais. Veja, por mais que meu pequeno já seja todo cheio de vontades e afins, ele ainda é um bebe e ainda nao tem controle algum sobre suas emoções, medos, desconfortos físicos.  E na situação de nossa geração, somos obrigados a deixa-los em escolas e com estranhos o dia todo, dentro e uma rotina que nem sempre é a melhor de acordo com o dia, o ânimo, as necessidades e vontades. E queremos que no final do dia eles estejam radiantes?
E as vezes eu me pergunto: E porque vc nao para de trabalhar e fica com o filho, cara pálida?
Sim, seria ótimo nao trabalhar ou trabalhar menos e ficar com meu filho. Também seria ótimo ter outro filho. Seria ótimo ser magra e linda, ué. Mas nao é assim. É o que temos para  hoje!
Acho apenas que deveríamos viver mais e nos preocupar menos. Curtir mais esses pequenos, pois já já e digo já já mesmo, eles estarão na faculdade e vamos tentar nos lembrar de como era vê-los jogar a cabecinha para trás para rir das cócegas nos pés ou de como eles pronunciavam as palavras erradas, dos primeiros passos, dos primeiros sorrisos, dos primeiros dentinhos (quando foi mesmo? Quantos meses tinha? Que dia era??)...
Eles são nossos presentes, nossos milagres e temos que vivê-los, senti-los, amá-los e através deles, ver que esse mundo ainda é belo, anda tem sentido, ainda tem pequenos sabores, cores e experiências, como o caminho das formigas em uma parede, as folhas de uma arvore a balançar ao vento, o vento no rosto, bater na àgua para vê-lá espirrar...
Eles são a chance que Deus nos deu de viver de novo. Temos que aproveita-los. Rápido.